A Vila Kennedy foi o local escolhido para um laboratório pelo interventor, o comandante Militar do Leste, General Braga Netto.
A comunidade, há tempos comandada por traficantes, passou por um pouco mais de um mês de experimento. Barricadas dos traficantes retiradas pelos militares foram recolocadas pouco tempo depois por moradores sob ameaças.  Durante o dia, militares. Na noite, tráfico.  O resumo da ação foi muito bem explanado por uma moradora da comunidade: "o fuzil ainda é o mesmo, só mudou quem está segurando”.  Frase que resume bem o carácter paliativo da ação.
O professor de música Newton Motta, que trabalha em várias comunidades carentes no Rio e mora na Vila Kennedy, ironiza a situação. “Quero intervenção. Mas quero na cultura, na música, na educação”. Quem sabe uma intervenção nas políticas públicas de inclusão. Uma intervenção nas possibilidades dessa gente. Quem sabe, um Estado menos omisso na saúde, moradia e educação. No meio dessa batalha entre Estados, oficial e paralelo, a população é quem sente o peso das ações.